quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Uh?

Dizia esse indivíduo duvidoso que é Nuno Graciano, no início daquele programa de apanhados da SIC e a propósito dos apanhados com "cegos" que até já tinha recebido uma carta de uma associação de cegos, a dizer que gostavam muito dos apanhados.

Eu não queria ser maldosa, mas então e eles gostam mais do quê? Da laugh track manhosa ou da músiquinha parola que acompanha?

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Piada seca do dia

"Se um gordo benfiquista der calduços num sportinguista lingrinhas, isso é red bullying."







Eu ri.
Mais do que devia.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Boo-yah!

E o Prémio PIOR! Programação Natalícia 2009 vai paaaraaaa...

RFM - por ter passado na tarde de Natal um concerto inteiro dos Delfins.






Nunca tinha parado para pensar nas letras.

"Sou como um rio... que acaba ao pé de ti... foi sempre assim... gostar de ti".

É profundo. B'ééda profundo.

E o Prémio Pior Ouvinte Natalícia 2009 vai paaaaraaa...

mim! que ouvi no carro sem mais rádios possíveis meio concerto de Delfins.

Amén

Sermões cristãos: há dois mil anos a quebrar barreiras na conjugação da 2ª pessoa do plural.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Os Doces da Consoada

O meu estômago deve ser alien.

A sério.

Está a sair-me corpo fora e lá vai ele e eu fico aqui e o meu estômago revoltado a resmungar com os abusos sofridos e a ir embora e lá vai ele e fugiu e vai lá longe.

Véspera de Natal.
Provavelmente o único dia do ano em que corro com tesouras na mão.















Seja como for... FELIZ NATAL!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

No king, no king, la la la





É só a mim que fazem espécie certas similitudes? A sério?
Se calhar é só a mim, é.
Preciso de dormir, é isso.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Asco

Os Black Eyed Peas podem ser a Lewinsky do Queiroz?
Sim?
Por favor?
Please please please?








A sério, até já começo a ter vergonha do meu cartão de Cidadão.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Claro que Paulo Bento 4ever.
Pensam que se faz assim um clone em laboratório em dois dias?
Leva tempo, senhores.



(Confirmem com o Dias da Cunha. Ele corrobora).
(Provavelmente).

Típico

O maior sismo dos últimos 40 anos e para variar eu estava a dormir.
É o equivalente àquelas pessoas que aguentam o sorriso o tempo todo à espera da foto e no segundo do click fecham os olhos. É isso.
Sou o Earl dos fenómenos da natureza.






Noites e noites de insónia.

E no dia em que acontece alguma coisa.

Estou a ressonar.



Rai'spartam.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Mistério (nem por isso)

Sintra tem uma anormal e muito elevada densidade de chapéus, cachimbos e barbas bizarras por metro quadrado.






Acho que consegue igualar os níveis record da FLUL.






É só isso que tenho a dizer.
Boa noite e passem bem caros amigos.
(Pareço ou não pareço o Engenheiro Sousa Veloso?).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Why so serious?

Fui só eu que fiquei bastante surpreendida pelo Berlusconi em ponto nenhum sorrir?
Quer dizer, pensei que era inerente.








A sério, alguém se lembra de o ver sem aquele sorriso de plástico?
Podia jurar que nunca tinha visto o senhor com um ar prostrado.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Outra vez?

Sim.
Mudei outra vez o visual aqui do estaminé.
O outro template estava a dar problemas e eu sou preguiçosa.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Foi bizaaaarro


DuckWalk diz:
isso lembra.me
sabes aqueles momentos na vida em que sentes que tás numa cena de um filme
mas de um realizador muito sui generis?
tive disso la no posto médico

a lap dance is so much better when the stripper is cryin' diz:
tao?
viste um seboso com uma camara?

DuckWalk diz:
LOL
nao pah
estavam três cadeiras encostadas a uma das paredes
eu sentei.me na do meio
duas comadres
que se encontram no posto médico
sentam.se uma de cada lado
e a certa altura
tou eu
de frente para o resto das pessoas sentadas do lado de lá da sala de espera
a ler kafka
e a comer uma enorme maçã
enquanto duas comadres
conversam animadamente uma com a outra
sobre as doenças de todos

a lap dance is so much better when the stripper is cryin' diz:
ctg ao meio

DuckWalk diz:
de maneira suficientemente barulhenta para eu nao me conseguir concentrar no livro
e de maneira suficientemente gráfica para eu perder o apetite pela maçã
duas coisas que, afinal, nunca aconteceram
estive um quarto de hora
a ler
a comer uma maçã
enquanto as senhoras conversavam através de mim
surreal

a lap dance is so much better when the stripper is cryin' diz:
LOL
surreal mesmo
e kafka de tudo o que podias estar a ler

DuckWalk diz:
exacto
só para tornar aquilo tudo ainda mais estranho

a lap dance is so much better when the stripper is cryin' diz:
:D

DuckWalk diz:
foi bizaaaarro

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O casaco do Jesualdo Ferreira é patrocinado pela Pikolin ou pela Molaflex?


E suspensão hidráulica, tem?


Aquecimento central tem de certeza.


E esquilos a viver no forro, também tem?

sábado, 5 de dezembro de 2009

Caranguejola Sinfonética


Quando acabei de tentar explicar ao otorrino o que se passava com os meus ouvidos, o ar dele fez-me ter a certeza que ele me ia indicar a especialidade no consultório ao lado - psiquiatria.

Talvez "ontem, era como se...como se... conseguisse ouvir tudo o que se passa cá dentro" não tenha sido a melhor escolha de palavras.

Uma questão de matemática?

O espelho é redondo, daqueles com dois lados - um normal e outro uber-fixe com zoom.
Eu deixei-o cair, mas não partiu. Rachou só, do lado normal.
Isso dá quantos anos de azar? Três e meio?
Ou, como foi só de um lado, 1,25?
Ou, ainda, como foi do lado sem zoom - logo há mais espelho concentrado do lado de lá - 0,3125?
Dava-me jeito saber, preciso de organizar a minha vida.






Nota-se muito que a matemática é o meu calcanhar de Aquiles?

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Aconteceu

Uma pequena nota inicial - o meu pai chama-se Dinis.

Estamos a organizar alguma papelada, quando o telemóvel do meu pai toca.
Ele atende:

"Estou?"
"Estou? É o António?"
"Não."
"Então quem é que fala?"
"É o João."
(O senhor do lado de lá da linha, estoicamente, não desiste).
"Epah, então João 'tás bom?"
"Tou, tou."
"Então o que é que 'tás aí a fazer?"
"Olha, estou a beber umas imperiais e comer uns caracóis."
"Aaah... eu gosto mais com tremoços." *desliga*

Nunca mais digo 'é engano' na vida. Nunca.

Agora ganhas vida? AGORA?!

No segundo ano de faculdade tive uma cadeira chamada Política Económica e Social da União Europeia.

Havia apenas uma grande gorda aula por semana, à Sexta-feira.
Às oito da manhã - saíndo eu da faculdade às nove e tal da noite de Quinta-feira (depois de passar lá o dia inteiro, sem hora sequer para almoçar).

Como se isso não fosse o suficiente, a matéria da cadeira em si era pouco...hum... digamos envolvente.
A cereja no topo do bolo era a última linha de defesa que também falhava - o discurso monocórdico, desinteressante, pouco cativante, em nada particularmente memorável do professor.

Ora, quando eu ontem chego a casa e ligo a televisão e vejo o sr. professor, com honras de abertura no Jornal da Noite, com um discurso inflamadíssimo no centro da Assembleia da República, penso que estou no meu direito quando me salta a tampa.

Gripe

Mas não foi da A. Acho eu.
Foi gripe normal.
Seja como for, estive três dias em casa enrolada em mantas a beber cházinhos.
Então e de que forma elevada, culta, digníssima e produtiva eu ocupei o meu tempo nesses três dias?
Ao fim de dois episódios de Flying Circus acordei uma hora depois.
Assim, sem mais nem menos. Decidi então mudar de estratégia.

E foi principalmente assim, assim, e assim.

E é isto que tenho a dizer.

domingo, 22 de novembro de 2009

ReTARDIS


Tenho o meu telemóvel há seis anos. Eu sei - até a mim me surpreende.

Nunca me deu problemas de maior até hoje, nada do que me fez há seis anos trocar de telemóvel - a bateria continua fina, muito raramente se desliga assim do nada.

Ora, a única característica disfuncional (também sei ser politicamente correcta) do meu Samsung são as mensagens. Começou logo no início: para aí há cinco anos.
Numa troca de mensagens (para facilitar chamemos-lhe troca de mensagens A), em vez de receber a mensagem que era suposto recebi a mensagem anterior - repetida. Saí da caixa de entrada e quando voltei, a segunda mensagem (a repetida) não estava lá.
Na vez seguinte (chamemos-lhe troca de mensagens B) em vez da mensagem que era suposto receber recebi a mensagem que era suposto ter recebido na troca de mensagens A.

Desde então, isto tem acontecido volta e meia, vezes suficientes para já ter esgotado todas as letras do alfabeto várias vezes.
Dos momentos mais estranhos foi, no 2º ano de faculdade, entrar para uma aula (Política Social e Económica da U.E.) às oito da manhã e despertar quando recebi de alguém que quase não via desde o secundário uma mensagem a propósito do 'acabado de sair sexto livro de Harry Potter'. A mensagem chegou com TRÊS anos de atraso.
Ou agora mesmo, quando recebi uma mensagem da Inês a pedir desculpas mas não só pensava que eu fazia anos no dia 30 (de Agosto) como pensava que o mês nem tinha dia 31 (o habitual).

Em conclusão - porque é que, honestamente falando, eu não me desfaço do meu telemóvel e arranjo algo mais recente, funcional e apresentável?

Simples: uma parte de mim acredita religiosamente que há algo de máquina do tempo no meu telemóvel e enquanto puder não vou largar mão de uma preciosidade destas. A ciência um dia reclamará estes circuitos insanos.

Impôr respeito aos inimigos

Se Portugal entrasse em guerra o Estado mobilizaria e colocaria ao dispôr das forças armadas as unhas da Maya?

Se há coisa que me entristece é não sabermos (e neste 'nós' estou a falar de nós-portugueses) fazer minutos de silêncio.
Um minuto de silêncio é isso mesmo: um minuto de silêncio e nada mais. Quem já fez um a sério sabe como conseguem ser quase violentos.

A primeira vez que fiz um minuto de silêncio - foram dois minutos, na verdade - foi no 5º ou no 6º ano, por uma aluna do meu básico que morreu num acidente. Morava na mesma rua da escola e, no dia do funeral, as centenas de alunos foram dispensados das aulas e formaram um cordão humano nos dois lados ao longo da rua. Lembro-me de poucas coisas desses primeiros anos do básico, não me lembro de mais nada desse dia, mas dificilmente me esqueço daqueles dois minutos.
Quase no fim dos dois minutos já havia de tudo - miúdos, que nunca a tinham conhecido, a chorar, outros a rir desesperadamente com os nervos, gente irrequieta, incomodados, e outros, como eu, que nunca a tendo conhecido, ficaram completamente congelados.
Foi um momento a sério, humano, com sentido.

Ultimamente, começaram estas mariquices.
O pessoal não aguenta os minutos de silêncio.
Há sempre alguém que verga e começa a bater palmas lá pelo meio ou, então, mete-se uma musiquinha com violinos a acompanhar (como vi agora, antes do Benfas começar).

Até nas homenagens facilitamos, desligamos, somos brandos demais.
É triste.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Camões Popular

Graças ao Nuno Markl e ao Laboratolarilolela aconteceu-me hoje uma coisa espectacular (eu sei, a minha vida anda muito parada).

Encontrei um pedaço de lírica camoniana e quando li aquilo, na minha cabeça, houve um espectacular acompanhamento instrumental - e a voz da minha cabeça foi temporariamente substituída por a de um senhor chamado Artur Gonçalves.

Ora tentem.

Primeiro, a música.

LABORATOLARILOLELA - Artur Gonçalves - Tudo casa minha gente - Antena3 - Nuno Markl

Agora, a cantiga.

Não sei se me engana Helena,
se Maria, se Joana,
não sei qual delas me engana.

Üa diz que me quer bem,
outra jura que mo quer;
mas, em jura de mulher
quem crerá, se elas não crêm?
Não posso não crer a Helena,
a Maria, nem Joana,
mas não sei qual delas me engana.

Üa faz-me juramentos
que só meu amor estima;
a outra diz que se fina;
Joana, que bebe os ventos.
Se cuido que mente Helena,
também mentirá Joana;
mas quem mente, não me engana.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ser Margarida é...

... ver um documentário da BBC começar na RTP2, só pelo genérico perceber que é mais uma hora de cruzada sobre alterações climáticas, decidir que não está com paciência para ver isto, agarrar no comando para tirar o som à televisão ou mudar de canal e mudar completamente de ideias quando percebe que o narrador tem um sotaque escocês.

Suponho que isto passe.
Eventualmente.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

T-shirts


Estou a ponderar fazer essas t-shirts.
Davam-me jeito.
A sério - há lojas que evito. Há meses que não entro na Body Shop, por exemplo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

FLUL

Às vezes é difícil explicar como aquele sítio nos destrói. Mas não são histórias: três anos na FLUL bastam para transformar radicalmente uma pessoa. Agora, tenho provas.
Aqui ficam as imagens:

1. antes.
2. depois.

sábado, 14 de novembro de 2009

Mas baixinho e de bigode

Algures, neste momento, está um Malcom Tucker aos berros.


E com estes pensamentos felizes não me zango e mantenho-me zen.
É o sistema a funcionar. Das séries, por supuesto.

Scolari FAIL


"Li recentemente que o PIB tinha crescido 0,9 por cento no último trimestre. Se calhar foi por causa da Selecção."
"o tema [I Gotta Feeling, Black Eyed Peas] é usado como grito de guerra, porque o ritmo e a letra da música encarnam o sentimento que toda a equipa sente quando entra em campo".
"O nosso público vai dar uma cabazada aos bósnios".
"Cheira bem, cheira a África do Sul".

É impressão minha ou o Queiroz anda a fumar umas coisas?
Ou há algum concurso de "a frase mais rídicula" entre este, o Bettencourt e o Manuel Machado?
É que parece...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Fui passear a um dicionário



Um bonito pout-pourri da língua portuguesa - palavras que por sensatez ou ignorância desconhecia.

agerásico, adj. diz-se de um velho com robustez. (Cp. gr. agératos).

bodalha, s.f. pequena porca. (De bode?).

concho, adj. protegido por concha; fig. muito senhor de si; vaidoso; enfatuado; pachorrento; s.m. (prov.) vaso de folha ou cortiça para tirar água dos poços; sapo -: cágado. (De concha).

desglabrar, v. tr. rapar o cabelo a; refl. ficar calvo. (De des + glabro).

esbambalhado, adj. bambo; lasso.

filogenitura, s.f. amor que determina a procriação dos filhos. (Do gr. philos + lat. genitura).

gebada, s.f. amachucadela do chapéu por efeito de pancada.

hamular, adj. 2 gén. que tem a forma do anzol. (Do lat. hamulu).

isquiadelfos, s.m. pl. e adj. monstros ou designativos dos monstros de corpos duplos, ligados pela bacia. (Do gr. iskhior + adelphós).

jaez, s.m. adorno das bestas; fig. espécie; qualidade; laia; sorte. (Ár. jahaz).
lucho, s.m. sujidade. Cf. luxo. (Cp. lixo e gal. luxar).

mussitar, v. intr. falar por entre os dentes; cochichar; murmurar (Lat. mussitare).

nefelibata, s. e adj. 2 gén. pessoa ou designativo da pessoa que anda nas nuvens, longe da realidade; próprio de quem anda nas nuvens; designativos dos escritores excêntricos. (Do. gr. nephéle + bates).

occíduo, adj. (poét.) ocidental; decadente. (Lat. occiduu).

pantafaçudo, adj. bochechudo; monstruoso; grotesco; ridículo. (De face, etc?).

quotiliquê (qu-ô), s.m. pessoa ou coisa de pouco valor; bagatela; ninharia; ant. coisa distinta; nobreza (Da soletração de q [quê-u-til=quê].

rubígine, s.f. o m.q. ferrugem. (Lat. rubigine).

solerte, adj. 2. gén. astucioso; velhaco; finório; expansivo; alegre. (Lat. sollerte).

tiromancia, s.f. suposta adivinhação com o emprego do queijo. (Do gr. tyrós + manteia).

uxoriano (cs), adj. relativo à esposa (Fr. uxorien).

vesano, adj. louco; maníaco; insensato (Lat. vesano).

xurdir, v. intr. (prov.) lutar pela vida; mourejar.

zizaniar, v. intr. semear a discórdia. (De zizânia).



Tudo do meu velhote Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, 5ª edição ("muito corrigida e aumentada).

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ser Margarida é...

... sempre que preciso de tomar uma decisão, raramente faço alguma coisa sem, primeiro, reunir para consulta o Conselho Superior de Maggiestratura.

...


Fiz este post só por causa do trocadilho palerma?
Talvez.
Mas não é menos verdade por isso - e não obrigo ninguém a usar togas.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Bonito, bonito

Tenho o último episódio de How I Met Your Mother, um especial de The Thick of It, Kafka, uma dose insana de doces que sobraram do Pão-por-Deus e o meu xaile.

O que é que a esta altura eu poderia querer mais da vida a uma terça à noite?

Novo Visual

Como sempre.
Apeteceu-me.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Jesualdo leva raspanete do dentista.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Porque podem


O que é que justifica esta câmara no topo da Assembleia da República?
Uma imagem bonitinha dos deputados-formiga cá em baixo?

Porquê, Pai Natal, porquê?


1. A Leopoldina meteu implantes e retalhou a cintura. Verdade que a Leopoldina já não é exactamente do meu tempo mas não deixei de me sentir insultada.
A Leopoldina é um pássaro. UM PÁSSARO. Ou melhor - ERA. Porque agora a Leopoldina é um pássaro com braços, não asas. Nem quero imaginar o tipo de operação nazi que foi essa. Basicamente, a Leopoldina é uma pessoa com cabeça de pássaro. Não só é doentio como assustador.


2. Já tinham sido penosos os anúncios da Popota o ano passado. Eu sei que escarneci bastante sempre que aparecia o Tony Carreira versão-popoto. Compreendo, também, que não tenha sido a única e que este ano tenham tentado agradar a outro público.
Mas a sério: Buraka Som Sistema, Popota e Natal são três conceitos que não nasceram para estar juntos.

É assim tão díficil não ser baratucho e famíliaaveiroazeiteiro por estas bandas?
Tenho saudades da Rua Sésamo =(

Lobotomia

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Dance for me puppets, dance!

Posto médico, quarta-feira de manhã.

Bastante cheio, mais do que o habitual: vinte e tal pessoas (uma grande parte já gente de meia-idade/idade).
A conversa vai em níveis sonoras bastante elevados. Nada como uma ida ao médico para pôr em dia a conversa com as comadres e os compadres.

A funcionária pede três vezes que façam silêncio, sempre sem sucesso.
A senhora desiste e regressa ao trabalho de secretária.

Cinco minutos depois, no meio da barulheira geral, a funcionária levanta a voz e faz a pergunta sacramental:
"Quem é que tossiu?"
Silêncio.
"Quem é que tossiu?"
Nada. Toda a gente entreolha-se desconfiado/a enquanto eu não consigo esconder o sorriso parvo e feliz pela beleza do momento.
"Alguém tem febre?" pergunta a senhora com um sorriso impagável.

Silêncio absoluto.
Remédio santo.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Eu ri


Vi uma notícia agora mesmo sobre mais um ataque suicida no Paquistão. Até aqui, tudo normal. Mas a certo ponto é referido um pormenor que me fez gargalhar. Os suicidas eram dois - numa motocicleta. Aposto que era uma Famel e tudo.

Bónus - representação sonoro-escrita do atentado:
*fruum tchétchétché fruuuuum tchétchétché frrruuuuuuumvnéééééééé NÉÉÉNÉÉNÉNÉÉÉÉÉ iiiiiiiiiih KABOUM*

É incrível como isto tem tanta piada para mim. Será que tenho uma espécie de super-poder, um sentido de piada demasiado apurado?
É que na minha cabeça este atentado até teve banda sonora do Spike-coisa-mais-precisoa-da-sua-avó-Milligan e tudo.

A propósito do "surto" de Gripe A em Valença a TVI enviou uma repórter para o lado de lá da fronteira, em busca de galegos em pânico com a situação.
Naturalmente, não encontrou nenhum que não lhe encolhesse os ombros ao facto de haver muita febre do lado de cá do Minho.

Mas a parte gira não foi essa.

Foi a repórter da TVI a esforçar-se e a dobrar a língua num castelhano nada mal conseguido. Como se estivesse em Sevilla, não na Galiza.

Resultado?

"Pero no tienes medo... de... de... de la gripe?" consegue laborosamente a jornalista.

"Não tenho medo nenhum." responde-lhe o galego.

Portugaliza FTW.

domingo, 1 de novembro de 2009

Meus caros, lembram-se do caso que aqui vos relatei da minha guerra com o Continente por causa da repetição ad eternum do mesmo cd na música ambiente?
Recebi a carta de resposta a semana passada E voltei ontem ao Continente em questão.
Pois é, victory is mine.
Habemus cd novo.
Fiquei feliz com uma patetice destas? Fiquei sim senhor. É bom saber que salvei os funcionários daquele espaço da loucura certa.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Facto: há tipos de humor para todos e gosto para tudo.
Pessoalmente, sou um bocado bardajona no que toca ao humor. Aprecio muita coisa e não é difícil fazer-me rir.
Dos crescendos mais brilhantes do Gervais à piada de elefantes mais deadpan, estou lá.
É claro que há coisas de que não gosto - especialmente por serem mal feitas.

Alguns exemplos:
A revista à portuguesa. Tem piada? Tem sim senhor. Quando? Em 1930. 40, vá.
Os Malucos do Riso ou os sucedâneos (compreensivelmente) menos bem sucedidos. Têm piada? Bem, são anedotas interpretadas - têm sim senhor. Quando? Na primeira série.
As idas rábulas do Guilherme Leite na Praça da Alegria. Têm piada? Têm. Quando? Num universo paralelo em que 2003 ainda era 1983.
As séries compradas e reinterpretadas pelo Camilo de Oliveira. Têm piada? Têm. Quando? Quando foram escritas (anos 70? 80?).
O Fernando Rocha. Tem piada? Er... não. Nem por isso.

O que eu quero dizer é que há um tempo para tudo. No humor, como no resto, é preciso saber reconhecer quando o prazo de validade já foi ultrapassado. Um dos piores vícios que, enquanto espectadora, tenho descoberto no humor nacional é a obsessão em fazer render o peixe. Acerta-se uma vez numa fórmula vencedora e é sugar até à exaustão o modelo/as pessoas/as personagens.
Aborrece-me que o John Cleese nunca tenha investido numa nova série de Fawlty Towers. No entanto, aqueles doze episódios são uma obra-prima e não há ali uma falha que se aponte. Provavelmente, uma nova série iria ficar conhecida como "aquela que era boa mas não tão boa quanto as primeiras". Aplausos para essa capacidade de ver que fazer mais seria baixar a média.

Veja-se o Gato Fedorento.
- Sketches no Perfeito Anormal - históricos.
- Série Fonseca - um fenómeno.
- Série Meireles - incrível.
- Série Barbosa - fantástica.
- Série Lopes da Silva - muito boa.
- Diz Que É Uma Espécie de Magazine - "estes gajos são uns granda malucos, pah".
- Diz Que É Uma Espécie de Magazine II - fraquinho.
- Zé Carlos - aborrecido.

Onde é que todas estes bitaites me levam?
Ora bem... as primeiras coisas que vi do Jel foram na Revolta dos Pastéis de Nata.
Se não me engano, foi este o primeiro momento dele que vi.
O que me agarrou foi este.
Fiquei fan, fanzaça.
E, depois, quando vi isto tive a certeza que o Jel era the next big thing no humor nacional.
Fazia falta esta pessoa - o tipo que não se importasse de levar uns sopapos ou passar umas horas na esquadra. O mártir da piada. Faz falta em toda a parte.

Entretanto deu-se a mudança para a SIC. No Vai Tudo Abaixo mantiveram-se uns cromos (alguns bem à frente do acontecimento), criaram-se outros.
Os Homens da Luta são os mais célebres. Estiveram em todo o lado, interromperam todo o tipo de acontecimentos, foram notícia.
Tornaram-se uma instituição - um fantasma a pairar. Lembro-me até de estar a almoçar na cantina (no 1º piso) e ouvir um *tiritiriti* de alguém no piso de baixo que, imediatamente, interrompeu a conversa e deixou quem ouviu quietinhos à espera, de orelha arrebitada e nariz quieto como perdigueiros, de um megafone roufenho. Foi só um engraçadinho, mas percebi aí onde tinha chegado o fenómeno .
O facto é que nas primeiras dez vezes tiveram muita piada.
Depois nas dez que se seguiram tiveram alguma piada.
Depois, perderam a piada. Mantêm-se algumas cócegas - tanto na arruada do PS como agora na tomada de posse continuam. Mas já não têm piada. Aquilo é já muita coisa - humor não.
Caras pessoas que ainda me vendem aquilo como "epah, estes gajos são uns ganda malucos eh eh eh partem-me todo": a sério, chega.
É outra vez a fórmula batida à exaustão e o que era um momento brilhante do humor actual perdeu a faísca vital.

Bónus: exemplo de que é possível humor de levar sopapos e ir para a esquadra - sempre com fórmulas diferentes.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Triste antro

Não há salvação para a minha triste cabeça.
Entro no site da embaixada do Canadá e é como se um carrossel infernal de referências arrancasse à velocidade máxima. Rai'sparta mais às séries.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sobre a tomada de posse

1) José Sócrates tomou posse com uma Uniball. É o meu herói. Se fosse uma Bic, penso que merecia o Nobel (se o Obama pode).

2) Aquela barulheira de fundo ao Cavaco eram os Homens da Luta. Eu, no meu desconhecimento, pensei que eram os senhores do catering a montar as mesas. Parecido.

3) Houve aqui emoção e claque efusiva quando a Isabel Alçada tomou posse. Viagens no Tempo e Uma Aventura são responsáveis por 75% daquilo que hoje gosto e me interessa.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ser Benfiquista é...

... fazer como o Ricardo Araújo Pereira e ter uma gravata vermelha para cada dia da semana.

Unhaca ao quadrado

Que lição devo tirar do facto do farmacêutico ter, na mão esquerda, a unha do mindinho E a unha do polegar extraordinaria-horrivelmente compridas (e bastante limpinhas, dentro do possível)?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

No dia 3 de Setembro, entreguei na secretaria da faculdade o papelinho azul (super-hiper-ultra-violentamente organizado) necessário para requerer o certificado de conclusão de licenciatura. Perguntei à senhora quanto tempo demorava e ela, simpaticamente, disse-me:
"Ah, isto agora leva algum tempo. Um mês, mês e meio. É melhor telefonar primeiro para saber."

E eu agradeci, resignei-me e vim para casa, esperar um mês e meio pelo papelinho.
Foi um mês de espera muito MUITO longo.

No dia 7 de Outubro (quarta-feira), estando eu na faculdade aproveitei para saber se a folhinha A4 já estava impressa, carimbada e assinada. A fila para a secretaria era grande - optei por, ao lado da secretaria, telefonar.
Disse a senhora que me atendeu que "isto está tudo organizado, (estava sim senhora) eu vou fazer-lhe a média mas não posso fazer mais porque quem trata disto é a minha colega e está de férias. É melhor tentar de novo para a semana".
A resmungar com a "colega que está de férias, quem é que vai de férias em Outubro, não há mais ninguém que possa tratar disto" fui embora.

Dia 14 (Quarta-feira) voltei à FLUL. Esperei o meu tempo na fila invejando a competência da senhora a atender o guichet ao lado, o de Mestrados, sempre sem fila. Quando chega a minha vez e pergunto esperançosa pelo meu certificado de conclusão de licenciatura - afinal já tinha passado o máximo de mês e meio - a senhora procura no computador.
"Olhe, a média já está feita (obrigado senhora do telefonema) mas agora falta a minha colega. Tente de novo na próxima semana. E é melhor telefonar antes."
Assim. Sem nenhuma explicação melhor, sem explicar porque razão "falta a minha colega" e que raio de colega era esta.

Ontem (Quarta-feira), mais bem disposta do que qualquer pessoa que tem de lidar com secretarias, telefonei de manhã. No atendimento geral a senhora que me atendeu (onde andam os funcionários públicos do sexo masculino, afinal?) diz-me atrapalhada que a linha da licenciatura está com uma grande fila e que talvez seja melhor eu telefonar mais tarde.
"Eu não me importo de esperar."
"Está certo, vou pô-la em espera, bom-dia."

Cinco minutos de Quatro Estações depois (a sério, onde estava a música dos telefones sem a Primavera? FLUL não esperava algo tão prevísivel de ti), a senhora na secretaria atende-me.
"Bom-dia. Olheeee, eu estou a ligar para saber se o meu certificado de conclusão de licenciatura já está pronto."
* silêncio do outro lado *
"Er... disseram-me que era melhor telefonar antes de ir aí?"
"Certo, diga-me o seu número."
*alguns minutos de confusão numérica por causa da eterna guerra treze/treuze*
"Olhe, o seu certificado já está pronto. Pode vir buscá-lo."
"Está?! Posso ir ai hoje à tarde?!"
"Está sim, pode vir."
"Muito obrigada, bom-dia."

Fui lá - estava na FLUL às 14:40. Meia-hora de fila, depois.
"Boa-tarde. Eu vinha buscar o meu certificado de conclusão de licenciatura."
"Diga-me o seu número."
* alguns minutos de confusão numérica e de troca de identidades em que até me é dito que faltam pagar três propinas, isto por causa da eterna guerra treze/treuze*
"Olhe... aqui está o seu certificado mas falta-me uma assinatura."
"Como assim?"
"Aqui, está a ver?"
A senhora, com um ar muito panhonha, mostra-me o verso do certificado, onde devia estar a assinatura do "Secretário" e o selo branco.
"Então... mas... ninguém pode assinar isso?"
"Não, eu não tenho aqui ninguém que me possa assinar isso."
Fico em silêncio a olhar para a mulher - provavelmente, com um ar algo demente, porque ela acrescenta logo.
"Olhe, eu peço desculpa mas não posso assinar, percebe?"
"Então mas não tem ninguém aí (aponto com a cabeça para a dezena de pessoas que andava lá atrás entre secretárias e dossiers) que assine isso?"
"Não, não está aqui ninguém. Eu não sei deles."
Com um dos melhores risos de escárnio, um perfeito sneer, que tive em anos, pergunto-lhe:
"Não sabe deles?"
"Não, não sei. Eles... não sei. Devem estar...ah...reunidos. Devem estar reunidos para aí, não sei."
"Não sabe de ninguém."
A minha sobrancelha vai ao meio da testa. A resposta da senhora é o gesto que mais me enfurece: encolhe os ombros e murmura "não sei", isto enquanto a fila atrás de mim ia crescendo. A mulher fica em silêncio a olhar para mim, sem me dar nenhuma solução. Eu fico incrédula, à espera que ela pare de encolher os ombros e que faça o trabalho dela: ajudar-me. Nada.
"Olhe... vocês fecham às quatro, não é?"
"É sim."
"Eu passo aqui às cinco para as quatro."
"Está bem. Olhe, passe antes faltando dez minutos para as quatro."
"Está certo".

Vou fazer tempo e barafustar com a secretaria e o encolher de ombros da mulher e os colegas assinadores reunidos no café, como se em três anos eu não tivesse aprendido como aquilo funciona.

Volto às vinte para as quatro. Sento-me nos banquinhos em frente à secretaria (um pouco de pressão).
Quando falta um quarto de hora para as quatro, meto-me na fila. A senhora vê-me e manda-me passar à frente.
Contente, vou. Ela mostra-me o certificado.
"Já está assinado?"
"Já."
"Óptimo."
"Pronto... olhe, agora tem aqui é uma dívida de oito euros."
Eu já conhecia esta dívida. Na minha conta online estava lá essa dívida. As minhas propinas foram sempre pagas certas. Aquela dívida é um erro informático.
Eu olho desesperada para o olhar parado da mulher e digo-lhe:
"É assim...essa dívida não existe. Eu amanhã passo por cá com os recibos para comprovar. Boa-tarde e muito obrigado, sim?"
Cheguei a casa na certeza que hoje ainda ia ter de jogar ao Papel, Pedra ou Tesoura antes de poder trazer o certificado para casa. Devia ter feito como o Ima (campeão!) que ferveu com um encolher de ombros e saiu da Segurança Social "acompanhado" por seguranças.

Hoje, reúno os recibos todos e pesquiso na net a propina de 2006/2007.
Lá consigo encontrar e segundo aquilo que está disponível online, sim, eu paguei quatro euros a menos em duas propinas.
Tenho a certeza quase absoluta que não me enganei e que na altura o valor pedido foi o que paguei - confirmei isto num panfleto da altura que ainda tenho. Os chulos da FLUL criaram uma grande aldrabice. Há três semanas ainda teria dado luta. Agora, desisti.
Enfim, eu só quero o certificado.

Volto lá hoje de manhã.
Para meu bem, atende-me uma senhora consideravelmente mais desenvolta.
"Bom-dia. Eu vinha aqui buscar o meu certificado de conclusão de licenciatura. Eu sei que há aí uma dívida de oito euros de propinas... posso pagar?"
"Isso tem de ser pago no banco."
Passa-me o papelinho das propinas.
"PRÓXIMO"

Vou ao banco com um sorriso idiota nos lábios.
O senhor do banco vê-me entrar com o papelinho nas mãos.
"Bom-dia."
"Bom-dia."
"É para pagar propinas?"
"Sim. Oitos euros."
O senhor do banco sorri e dá-me uma senha. Quinze minutos da minha vida (que jamais terei de volta) são passados ali à espera de vez. Quando finalmente chega ao meu Z 18, vou até ao balcão.
Outro senhor me recebe (então é aqui que eles andam).
"Bom-dia."
"Bom-dia (subitamente o saloio genuíno que há em mim, ao fim de tanta volta, desperta e num tom que dificilmente voltarei a usar na vida assento na mesa, com a palma da mão, o papel de pagamento) Olhe, eu venho aqui saldar uma dívida de OITO euros à Faculdade de Letras."
"Ah. Muito bem."
Faço o pagamento - com moedinhas FLUL, por Deus, com moedas - enquanto o senhor comenta que "eles não perdoam ah-ah-ah".

Regresso feliz à Faculdade de Letras. É agora. É agora que vou receber o meu certificado. Quase que nem há fila para a secretaria e tudo. Quando vejo que ainda é a mesma senhora que lá está e, farta do discurso de "bom-dia, vinha aqui buscar o meu certificado de conclusão de licenciatura" decidi, jovialmente, atirar logo um:
"Voltei!"
* blank stare *
"Er... estive aqui há pouco."
* blank stare *
Os meus ombros descem e suspiro, resignada. Regressa a cassete.
"Bom-dia. Eu vinha levantar o meu certificado de conclusão de licenciatura. Tive de ir pagar uma dívida de oito euros (praticamente atirei o recibo para dentro do guichet)"
"Diga-me o seu número."
* segue-se o clássico circo por causa da confusão entre treze/treuze em que tenho de garantir pela enésima vez que o meu apelido não é Mendes Pacheco e que o meu certificado é de Estudos Europeus, não de História de Arte *
A senhora tira fotocópias ao recibo e ao certificado.
"Assine aqui."
Assino.
A senhora passa-me um papel.
"Está tudo?"
"Está sim."
"MUITO obrigado. Bom-dia."
"Bom-dia. Boa sorte."

E foi isso. Só isso.
Da faculdade até ao metro o que aconteceu dentro da minha cabeça foi uma célebre cena de um tal de Braveheart, em câmera lenta e convenientemente musicada.
Adeus FLUL, fomos muito felizes.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Ah, a vida...


Não sei o que foi mais bizarro nestes últimos dias: aquela história do pastor que foi violado com uma cenoura ou ver à mesma mesa o RAP e o General Ramalho Eanes.

O meu irmão comprou um megafone.
Ora, não sei se sabem mas os megafones têm aquela função imprescindível de gravação para posterior loop barulhento da mensagem gravada. Essencial, como podem ver.
Tudo isto para dizer que:

a) os chungas bombam kizomba no sistema de som mais caro do que o carro, porque é assim que pertence;
b) os chunings bombam Rádio Orbital (mixed by DJ Fernando) no sistema de som de origem puxado ao limite, porque é assim que pertence;

depois

c) os engraçadinhos bombam a Carvalhesa no megafone roufenho metido do lado de fora do vidro do carro, porque é assim que pertence.

It was awesome.

Cougar

Coligação Homossexual

domingo, 18 de outubro de 2009

Em atenção ao telespectador

Gosto do facto do Paquete de Oliveira dar sempre uns momentos para digerirmos cada frase sábia que revela ao mundo.

Ou então não sabe ler o teleponto. Também pode ser isso.


PS. Fiz um gif ilustrativo só para vocês. É a esse ponto que gosto de todos vós (not). Agora ide fazer uma oferta sacrificial em agradecimento rejubilante à minha generosidade.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Um final frustrante

Ora bem.
A minha guerra com os supermercados e a respectiva música ambiente não é
nova.

No entanto, agora fui um pouco mais longe do que da última vez.
Desta vez a história é mais ou menos assim: desde que frequento o Continente de Loures (falamos dos tempos em que ainda era um Carrefour) que a música ambiente é sempre, mas sempre mas SEMPRE a mesma.

Ao fim de três anos e entre 2 a 3 visitas por mês àquele espaço digamos que me saltou a tampa. Naturalmente, este meu saltar de tampa não é muito espalhafatoso. Bastante discreto, até. Decidi só recorrer à caixa das sugestões/reclamações para fazer uma sugestão/reclamação.Sim, meus caros, estes anos todos foram mais do que suficientes para memorizar a playlist lá da chafarica. Penso que, tendo em conta o quão irritada estava com a situação, até fui consideravelmente educada. Pedi com modos, impliquei que não é só por mim: é também por todos aqueles desgraçados que trabalham lá e passam o dia inteiro a ouvir o que aí têm em cima descrito. Era uma reclamação - mas também uma sugestão.

Enfim. Hoje voltei ao dito espaço. Não me tinham respondido, nem pelo correio nem para o mail. Pensei que, apesar disso, o meu apelo tinha sido ouvido e que, na melhor das hipóteses, um cd diferente iria repetir durante os próximos três anos.
Quando cheguei, de ouvido atento, topei logo que a música era outra. Ok, a qualidade não tinha melhorado muito - mas era diferente.
Estava na frutaria e estava feliz - até Queen havia. Para acompanhar as compras, é impossível pedir mais.
Ah, como me enganaram...
À medida que o tempo foi passando, descobri a solução manhosa. Empandeiraram - ensanduicharam, se preferirem - músicas "novas" entre as velhas e, lá para o fim, a playlist mantinha-se, sem tirar nem pôr.
Não sei se vou ser tão educada no próximo papelinho vermelho que enviar...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Hoje de manhã decidi experimentar uma nova marca de cereais.
Abri a caixa, animada perante a imagem na mesma - grandes círculos tipo Cheerios (mas grandes! - como os Weetos). Quando olhei para dentro da caixa fiquei desiludida e senti-me enganada pela malta da Nacional: os anéis eram minímos, mais pequenos até que Cheerios.
Desanimada, virei a caixa dentro da tigela. Foi então que comecei a ver coisas estranhas: para além dos anéis, havia também cereais em forma de meia lua e corações.

Estão perdoados senhores da Nacional. Estão mais do que perdoados.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Hoje fui conhecer a minha primeira 'sobrinha', nascida há quase uma semana.
Estando eu com a criança ao colo dei por mim a tagarelar pelo meio de toda a espécie de palhaçada e cantoria parva, enquanto a Jojo se entretinha a tirar fotografias.
Diz a Joana muito amorosamente:
"Margarida, mete a língua de fora".
E eu meto.
Diz a Joana com aquele tom de 'ai-esta-minha-cabeça':
"Ai, agora até lhe chamo Margarida".

Sim, era com a bebé.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


"É uma grande vitória para o *inserir nome de partido*."

O futuro

Ora bem.
As Máquinas do Tempo são, sem sombra de dúvida, a minha potencial-invenção favorita.

No entanto temo que nunca consigamos construir uma. Porquê? Ora, onde estão as visitas desastrosas e espalhafatosas de malta do futuro a grandes eventos do passado e presente?
Por onde andam eles?
Não é essa a prova necessária? Sim, porque custa-me a acreditar que os viajantes do futuro conseguissem ser assim tãããão discretos.

Porquê tudo isto?
Tive finalmente a prova de que precisava que afinal as máquinas do tempo vêm mesmo aí. E melhor do que alguma vez imaginei: parece ser num futuro próximo.

Verdade que não consigo imaginar porque é que a Tina Fey do futuro (é uma pena que a crise de meia-idade tenha trazido o cabelo louro) havia de estar no discurso de derrota autárquica do Jerónimo de Sousa.
O futuro o dirá (mal posso esperar para descobrir).



domingo, 11 de outubro de 2009

Acabei de ouvir o José Alberto Carvalho dizer que "aqui está o autocarro de Marlene onde Rui Rio percorreu as ruas do Porto".
Eu sei que não foi isso que ele disse. Mas tenho a certeza que foi isso que ouvi.

O balanço de um muito cansativo dia de eleições (14 horas são obra) é o disparate quando chega esta hora.
(Dioptrias inferiores a 3,5 é favor clicar na imagem)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

The horror

Quanto a vocês não sei.
Para mim, o momento que vai ficar desta campanha é o horror do Mário Soares perante o entusiasmo do senhor beijoqueiro.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Se o Marco Caneira for eleito o meu presidente de Junta, com o tempo eu lá me conformarei.
Mas se o Herman José for eleito meu presidente de Câmara eu não me conformo. Eu não me conformo.


Ao menos se fosse o original...

Nunca mais é Sábado

Os cães aqui da rua já nem ladram: uivam, sempre que uma caravana passa.
Como eu os compreendo.

Se tiver de ouvir mais uma vez que seja:

a) Paz, Pão, Povo e Liberdade

b) a Carvalhesa

ou
c) Vangelis
epah... ataco o raio dos megafones à dentada.

sábado, 3 de outubro de 2009

Hoje podia ter aparecido numa reportagem da RTP.
Aparecer enquanto mirone que observava a peixeirada política enquanto pacientemente ruminava uma sandes de queijo.
E, já agora, com a mão esquerda no bolso, para ajudar ao estilo.
Não chegou a acontecer.
São coisas da vida.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Dumbo Weijl

É um facto sobre a minha pobre e triste pessoa que tenho o hábito duvidoso de estar sempre disposta a fazer pouco de tudo e todos. Geralmente não é um problema.
Tirando os momentos (demasiados) em que dou por mim a concluir um ataque mais violento com "e essa pessoa que passou aqui agora era a pessoa de quem eu estava a falar", pouco mais há.

Mas nesse pouco mais há aquelas alturas em que sou obrigada a morder a língua e dou por mim a tornar-me na pessoa que, habitualmente, deitaria abaixo. Tudo isto para dizer que comprei uma t-shirt.

Em circunstâncias normais jamais compraria algo com a mensagem"I (L) bad guys". Mas a t-shirt era tão gira que arranjei todos os motivos possíveis para justificar a mensagem foleira.

Quando finalmente me conveci que a beleza da peça justificava a compra, levei a mesma avante.

Estava confiante.

A senhora passou a t-shirt no scanner.

Olhei para o ecran e apareceu o preço e o nome da peça - sim, é uma dessas lojas onde tudo tem um nome.

"Dumbo - €8.00".

Cabisbaixa e desiludida comigo saí da loja a arrastar o saco pelo chão.

Eu mereci.

;;