quinta-feira, 8 de maio de 2008

Um dos primeiros sinais do Apocalipse

Acordo muitas vezes com o Querido Mudei a Casa [sim, sim, eu acordo às nove da manhã e, regra geral, a hora de gosma matinal é passada a engonhar a ver tv - neste caso, SIC =D].
Às vezes, os srs. do Querido acordavam virados para o lado de tentar comédia. E falhavam rotundamente.
Um dia antes de partir para férias apanhei uma cena do mais deprimente possível que me fez subir pelas paredes (casquinha de ovo) a pedir as férias já, já, já.
Decorador (a quem, para facilitar, chamarei Arnaldo) e pintor-faz-tudo (a quem, para facilitar, chamarei Antunes).

Ora o Arnaldo e o Antunes aparecem, frente a uma mesa com meia dúzia de latas de Robbialac coloridas em cima.
O Arnaldo é o inteligente da cidade, o Antunes é campónio ignorante.
Diz o Arnaldo ao Antunes:

Arnaldo, sorrindo em antecipação pelo momento tão inspirado e bem humorado que se segue: Antunes, hoje vamos falar de tendências.
Antunes, sorrindo em antecipação pela ideia tão engraçada que eles tiveram, piscando os olhos numa confusão muito mal simulada: Tendêcias?
D.Quixote: Sim, sim. Tendências.
Sancho Pança, simulando embaraço e pronunciado tudo muito alto: Oh Arnaldo, olhe que eu sou muito homem.
Basil, pousando a mão no ombro de Antunes e gargalhando paternalmente mas que, não me lixem, não engana ninguém quanto a tendências: Ah Ah Ah (isto são as gargalhadas). Não é dessas tendências que eu estou a falar.
Manuel, incomodado e pensando duas vezes nas voltas da situação: Ok, ok. Mas tire lá a mão daí, oh Arnaldo.
[Chega a apresentadora a quem, para facilitar, chamarei Alzira]
Alzira, gargalhando maternalmente: Ah Ah Ah (isto são as gargalhadas). Então que confusão vai para aqui?

Não sei o que se seguiu. Já estava agarrada aos joelhos, a piscar muito os olhos e a balançar-me para trás e para a frente enquanto resmungava o fim do mundo.

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