SomebodyShotThePresident

Eu não achei nada mas o Aloísio achou um pente.

É conhecido. No que toca a futebol, sejam jogadores, comentadores, treinadores, apanha-bolas ou vendedores de gelados e queijadas a melhor parte é sempre quando abrem a boca e tentam ser..er...eloquentes/profundos/inesquecíveis. Geralmente conseguem a última parte. Menos vezes, a segunda.

O ano passado, no final do Mundial, devem lembrar-se do histerismo (habitual) com que a selecção nacional foi recebida. No aeroporto, a caminho do Jamor e à chegada ao estádio. O estádio estava cheio e a festa foi efusiva. Os comentadores, na televisão, iam mostrando as imagens e fazendo aquilo para que são pagos - comentar. Lembram-se de um grupo de jogadores que tomou de assalto os instrumentos de uma banda que fazia não sei muito bem o quê no meio do estádio? As coisas começavam a descambar (linda palavra, por acaso) de uma maneira...

A certa altura, subiu ao palco o Roberto Leal. Fato branco, chora di amô, mãos juntas, chora di paixãum, olhos no céu, chora di alegria, samba no pé, chora di emoçãum, Trás-os-Montes no sentimento. Fazem uma ideia, não?
A certa altura, o Roberto Leal começou a cantar "É uma casa portuguesa", com aquele sotaque "não sou português, não sou brasileiro, não sou o Deco".
A meio da actuação, Luis Filipe Scolari, Flávio Baixinho-Bigode-à-Àsterix e restante equipa técnica + alguns jogadores juntam-se num bonito comboizinho. Ao som de "É uma casa portuguesa" cantada pelo Roberto Leal. No meio do Jamor.

A situação já era inacreditável. Mas o comentário do..vá, comentador de serviço, foi de ir às lágrimas:

(Entusiástico)
"E aí está. Era este o momento de que estávamos todos à espera!"


Sim. A taça do mundo que se lixe.
O que eu estava mesmo à espera era que o Scolari, o Flávio Gordinho-Meio-Carequinha e restante equipa técnica + alguns jogadores fizessem um comboizinho no meio do Jamor, ao som de "É uma casa portuguesa" cantada pelo Roberto Leal.



Haja quem os entenda...







Ps. Este é o Flávio Baixinho-Bigode-à-Àsterix.