quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Quase assim

Eu vou sentir-me velha no dia em que vir uma criancinha mascarada para o Carnaval e lhe perguntar:

"Então estás vestida de quê?"


E ela me responder:

"À anos 80."






Ah. Espera. Aconteceu hoje.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

E agora sim, foi-se o semestre.



Uma coisa que me intriga é saber como é que nos Lares e Centros de Dia para idosos (vulgos velhos) eles decidem de manhã que programa ver?

É possível um consenso numa matéria tão delicada?

Será que calha um dia a cada um? Às segundas e sextas vemos a Praça da Alegria, às terças e quintas o programa do Manuel Luís Goucha e às quartas o programa da Dona Fátima?

Será que decide o primeiro a chegar ao comando?

Conseguem imaginar uma corrida do pequeno-almoço para o comando?
Eu consigo. Vejo cadeiras de rodas, carrinhos de soro, muletas, andarilhos, pantufas de lã castanhas e azuis escuras aos quadrados. E agulhas de croché.

Intriga-me.

Éfe Bê I ?

Para ser lido em modo Parque Mayer:
"OH FILHO, DE INVESTIGATION ELES TÊM MUITO POUCO..."

(O subject diz respeito à Marilyn, a Monroe)

Vale a pena perder tempo a ler os ficheiros do FBI...

domingo, 27 de janeiro de 2008

Se estiverem em Torres Vedras sem nada para fazer (eu sei, eu sei, quais são as probabilidades?) vale a pena espreitar o monumento do Carnaval deste ano, no centro, junto ao Império.


O tema deste ano é a Banda Desenhada e o monumento está delicioso.
Pequenino, mas delicioso.
Admito que me agarraram logo quando cheguei e comecei a ouvir a banda sonora de Ducktales, logo seguida pelo tema de Batman (nénénénénénBATMAN!).


Têm lá recriações perfeitas e em tamanho real do Tintin e do Milu, do Super-Homem a segurar um prédio, do Batman a vigiar, da Mafaldinha, do Calvin e do Hobbes, do Popeye e da Olívia Palito, do Obélix, do Astérix e do Ideiafix. Do Mickey e da Minnie, do Pluto. Do Huguinho, do Zézinho, do Luisinho. Do Donald e do carro do Donald. Do Tio Patinhas a mergulhar.

Mas o melhor de tudo é a aproveitação que foi feita do espaço. O Astérix espera cá em baixo um legionário romano que tenta fugir, agarrado no topo de um candeeiro de iluminação. O Papa Léguas deixa cair uma bigorna em cima do Coyote do lado de lá da rua, numa esquina de uma casa. O Pateta está no meio do lago do jardim a pescar(-se). O Taz está enrolado numa cadeira destruída da mesma esplanada onde foi "arrumado". O Homem-Aranha espreita do cimo do Hotel Império. O Lucky Luke está enconstado a uma árvore, junto ao Café Havaneza. O Jolly Jumper bebe água de um dos repuxos. Os irmãos Dalton estão prestes a assaltar o Multibanco da Caixa Geral de Depósitos, enquanto que o Rantanplan observa sentado num banco de jardim, em frente. Para completar (e são mesmo os meus favoritos) temos Dupont e Dupont sentados no muro do jardim a "ler" um grande jornal com dois grandes furos (a investigar a gente que passa, portanto).

A prova que não precisamos de Carnaval com samba.
Se passarem por lá, aproveitem. Espreitem.

Fominha e espírito

Laralaralaralala
Laralaralaralala

Eu vi um rato
Um feio rato
Fui à horta
Fiz uma torta

Tu comeste um rato
Um feio rato
Foste à horta?
Para fazer uma torta?

Eu vi um pato
No meio do prato
Fui papar
Deu um bom jantar

Tu viste um pato
No meio do prato
E o que comeste?
E o que fizeste?

Laralaralaralala
Laralaralaralala

Eu vi um rato
Enchi o papo
Tudo comi
Nem ofereci

Tu viste um rato
Encheste o papo
De um bicharoco
Isso é louco

Eu vi um sapo
Um grande sapo
Tostei de lado
Bem passado

Tu viste um sapo
Um grande sapo
Deixa-o lá estar
Mas sem queimaaar

sábado, 26 de janeiro de 2008

Afinal ainda há mesmo

Vida em Markl.
A coragem, a coragem.

A Merche foi enxovalhada em directo para milhões de portugueses.
Eu, como pessoa decente que sou, gostei.
Muito.
Acho que fazia falta.


Ou não.
Mas pensem muito em mim, muita energia positiva para o meu lado (sem que isso se torne num anúncio da Galp).

Que já só faltam cinco dias e algo me diz que não tenho hipótese.
Nenhuma.



Há verdadeiros pros em Portugal.
E a minha Quinta-Feira ficou feita.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

- Eu não quero fusão com Belas-Artes...

- ...

- Eles não tomam banho [beicinho].

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Recalcamento é tão bonito

Ao jantar, enquanto víamos o Telejornal da SIC.


Mãe: O que é que tem o Ferro Rodrigues?

Eu: Um processo por difamação. Contra um antigo colega do jardim escola.

Mãe: Mas processo por difamação porquê?

Mano: Porque o outro disse que ele não sabia jogar às escondidas.

Estes convenceram-me



Tanto que vou praticar a minha fé.

...hoje já chorei a rir.

Ontem.
Tropecei nos meus próprios pés.
Troquei números, nomes e conceitos.
Tropecei em pessoas por não as ter visto.
Inventei palavras, entaramelei as ideias.
Enganei-me nos sítios para onde ir.
Troquei os passes.

Meti o telemóvel no bolso para poder tirar as chaves da mala.
Para voltar a casa para ir buscar o telemóvel.
Esqueci-me do que estava a fazer enquanto fazia, fosse o que fosse.
Levantei-me três vezes para ir buscar coisas de que me esqueci.
De cada vez que me sentei para fazer alguma coisa.
Que foram muitas.
E não fiz nada.
É como se estivesse encafuada num marshmallow gigante.
Não é que seja terrível.
Mas.
Não me sinto lá muito bem.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Sabedoria Popular

Engraçado como deixaram de me repetir isto vezes e vezes sem conta sempre que me queixava que tinha fome...

-"Tenho fome."
- "Tens fome, come um home."
- "Mas..."
- "Volta atrás come um rapaz."
- "Mas eu..."
- "Vai ao meio, come o correio."
- "Mas..."
- "Vai à frente, come toda a gente"
- "..."

Back in business

Eu e Ima.
Mais um blog juntos.
Regra nº1 - Nada combinado, nada preparado, nada decidido.
A única garantia vai ser o disparate.
Visitai. Comentai. Ou não.

http://nemnossabemosoquefoiisso.blogspot.com/


sábado, 19 de janeiro de 2008

Tão...mas TÃO ZANGADA.

Espero que ela vá a andar na rua.
Que pise um prego ferrugento que lhe atravesse o pé. Que olhe para baixo e grite de dor e deixe cair os óculos.
Que berre ainda mais, que se atire ao chão para agarrar os óculos (isto já sem ver nada) e que torça um joelho e caia numa poça de lama.
Que a lama seja radioactiva, que ela fique às riscas azuis e verdes (fluorescentes).
Que estique os braços para os óculos e que o braço direito seja pisado por um camião TIR com correntes para a neve.
Que os óculos sejam pisados e ela caia com o nariz neles, que engula vidrinhos e que eles se enfiem nos dentes.
Que se levante e parta o nariz numa montra de cabeleireiro.
Que entre no cabeleireiro aos berros, que um secador entre em curto circuito com a radioactividade e que lhe queime o cabelo.
Devagarinho.
Que ela volte para a rua, que tropece numa casca de banana, que dê um encontrão no José Sócrates, que ele se ria e diga "porreiro, porreiro pah".
Que o Sócrates se ria dela e a empurre.
Que ela dê meia volta e parta a perna ao ser atropelada por um carro com matrícula luxemburguesa e que seja artisticamente atirada para um contentor de lixo.
Hospitalar.
Que o carro de matrícula luxemburguesa não ligue nenhuma e vá embora a buzinar.
Com uma daquelas buzinas estúpidas e musicais.
Que passe um camião, vire o lixo e ela vá com ele.
Que o camião tenha um acidente, capote e ela vá aos rebolões pela descida da Ericeira para Ribeira d'Ilhas.
Que o lixo vá com ela.
Que o camião tenha tido um acidente com um camião que traga blocos de mármore de Estremoz.
Que o bloco a persiga e ao lixo enquanto ela rebola.
Que ela chegue ao fim da descida, aterre em cima de um porco.
Que o porco guinche, ela ressalte e caia dentro de um dos tanques da ETAR.
Que o bloco de Estremoz aterre em cima do tanque.
Que ela se afogue lá dentro.
Que a polícia, os bombeiros, a SIC, a TVI, a CNN, a SKY, a BBC, o Canal Panda e a Euronews cheguem a tempo de abrir o telejornal.
Que abram o telejornal em directo com ela a ser reanimada por um dos gémeos polacos.
Que lhe vomite em cima.
Que lhe caia uma das antenas das carrinhas da TV.
Que ela pegue fogo e corra em direcção a Ribeira d'Ilhas.
Que seja atacada por gaivotas antes de conseguir chegar à água.
Que chegue à água e as gaivotas fiquem coladas à pele e aos cabelos.
Que ela saia da água e pise um ganso.
Que o ganso grasne e a morda no dedo mindinho.
Que os gansos formem, a levantem no ar e a levem lá para cima de novo, presa pelo que sobrar dos cabelos. E pelo mindinho.
Em directo para o mundo.
Que os gansos a larguem metros da costa.
Que ela bata de barriga na água.
Que chegue um arrastão de pesca de sardinha.
Que ela seja levada pelas redes no meio das sardinhas e atirada para o meio do contentor grande das sardinhas.
Que o arrastão colida com um petroleiro, ao largo da Ericeira, pegue fogo e afunde.
Que ela fique, mais as gaivotas ainda coladas, coberta de crude dos pés à cabeça.
Que os ambientalistas a recolham na Praia dos Pescadores.
Que um dos condutores dos tractores da Praia dos Pescadores a confuda com um pneu e a enrole no lugar do pneu.
Que os tractores tenham muito trabalho nesse dia.
Que ela engula muita areia.
Que ao fim do dia, suba sozinha a rampa da Praia dos Pescadores até S.Sebastião.
E que tenha de arranjar um táxi, na Ericeira, para ir para casa.


Coisas estranhas acontecem quando me zango.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Aos srs. jornalistas do Metro

Dizerem que o Peter Pan é "um menino verdinho" é a mesma coisa que dizer que o Joe Berardo é preto.
Tenham lá cuidado com isso.

Há meia-dúzia que são, de facto, os meninos dos meus olhos. Arredo Queen, Pink Floyd, José Cid, John Lennon e....ah. Espera...José Cid? Enfim. Duran Duran e mais um par de italianos e outros tantos que se perderam nos anos 80 e babo-me para estas pérolazinhas.

#9 Meia-Dúzia e Zero a Zero do Carlos Paião ("pediram-me p'ra fazer uma canção sobre meia-dúzia e eu...compuse-a". Se não merece a minha adoração, nada merece)


#8 - Does Your Mother Know e Voulez-Vous dos ABBA (ah...os cintos...os cabelinhos...os efeitos especiais...o ar "quero estrangular-te" da Anni-Frid, a morena...delicioso)
#7 - Amor dos Heróis do Mar (cujas coreografias eu NUNCA imitei agarrada a uma esfregona)


#6 - Ali Babá das Doce (o que eu pulei de felicidade ao ver o ZDQuintela com as Doce)

#5 - Marcha do Pião-das-Nicas do Carlos Paião. Sei-a. De uma ponta à outra.


#4 - Patchouly do Grupo de Baile. Um mito. ^^ (Também tenho aquela latinha redonda do Cairo, dos Táxi. Um miminho)



#3 - O Areias da Susy Paula (ironias...o camelo é a cara do ministro das Obras Públicas, Mário Lino)


#2 - Bámos Lá Cambada do José Estebes, um respeitável Herman José (bá lá cambada, infantes, desportistas, homens de conquistas, pobo que és o meue...)
#1 - Eu Tenho Dois Amores do Marco Paulo. (Que em nada são iguais *fenanan fenanan* mas não tenho a certeza *fenanan fenanan* de qual eu gosto maA-AAA-AAAAIIIIS) Curiosamente, a menina da foto, não é loira nem é morena.

Ah, as saudades...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

we're knights of the round table we dance whene'er we're able http://somebodyshotthepresident.blogspot.com diz:
aaaaaaaaaaaaaaaaah.fkbsidfhbsdianfsjdnjkvn. farta disto.


we're knights of the round table we dance whene'er we're able http://somebodyshotthepresident.blogspot.com diz:
eu acho que deviam obrigar os motoristas de autocarro a vestirem.se de palhaços ricos.

we're knights of the round table we dance whene'er we're able http://somebodyshotthepresident.blogspot.com diz:
eu quero chegar ao meu destino levada por um palhaço rico.

and the cities we once dreamed will open for us diz:
.....

we're knights of the round table we dance whene'er we're able http://somebodyshotthepresident.blogspot.com diz:
que foi? doi.me a cabeça, estou cansada, atrufiada e a tremer sem motivo. tenho direito a frases parvas.

Férias. Depressa. Por favor.

Obrigado YouTube.

Doze ou treze anos depois e sem ter de ir remexer nos vinis. 'brigadinhos YouTube.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008







E as notas chegam e eu choro.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Cara Lucidez

Cara, caríssima Lucidez (daqui em diante, tratada como irmã Lúcia):

Escrevo-te em desespero de causa.
Escrevo-te porque mais ninguém pode resolver isto.
Eu tenho um problema.
Conheço uma pessoa que é a cara da Simone de Beauvoir. Sósia. Perfeita. Gémea. Copiadinha. Naquela idade clássica da Simone.
(E perguntas tu, irmã Lúcia, e que importa isso?)
Importa. Importa e muito. Não basta esta minha conhecida ser, muito provavelmente, a pessoa com pior gosto que conheço (e olha que ainda estamos a falar da Simone de Beauvoir, aquela que tinha penteados de fazer corar um ananás); esta minha conhecida quando abre a boca está muito longe daquilo que diria a Simone.
Esta minha conhecida abre a boca e eu penso "aah, a Simone, o que vai dizer a Simone".
Mas esta minha conhecida abre a boca e cospe calhaus, que me caem no mindinho do pé (aquele que quase não tem unha, sabes irmã Lúcia?) e doem. Doem. Na alma, pah.
Percebes agora irmã Lúcia?
A Simone de Beauvoir abre a boca e afinal é uma parva.
Consegues agora imaginar como isto me confunde?
É estar um bocadinho mais perto da loucura.
Podes dar uma ajudinha?
Por favor?
Eu sei, eu sei. Esta do "estou mesmo a enlouquecer" é argumento mais do que batido. Mas admite, não tens ajudado muito ultimamente, pois não?
(E perguntas tu, amiguinha irmã Lúcia, do que é que estás a falar?)
Dos últimos cinco ou seis anos.
Por isso, vê lá isso.
Uma ajudinha, sim?
Mexe aí uns cordelinhos.
Ou tiras o ar "Simone" aquela minha conhecida. Ou arranjas maneira de ela dizer coisas interessantes quando abre a boca. Ou arranjas maneira de ela não abrir a boca e eu não ter de ouvir aquelas alarvidades da boca da Simone de Beauvoir.
Por favor.
A sério. Acho que se cortares com estes factores de loucura exteriores, eu sou capaz de me organizar no que toca à minha auto-insanidade.
'brigadinhos.

Atentamente

Essa pessoa que te tem evitado nos últimos cinco, seis anos

sábado, 12 de janeiro de 2008

Fui cortar o cabelo.

Cortaram.
Puseram-me os caracóis miudinhos.
Fizeram-me risco ao lado.
Deram volume.
Sinto-me saída de um concerto dos Bon Jovi.
Completamente 80's.

E é quase embaraçoso como estou estupidamente feliz com o visual.




E, citando a Inês, "Bon Jovi...bateste mesmo lá no fundo".

ODEIO OS MONTY PYTHON

Não...de facto não odeio.
Mas...
Tentem apresentar um trabalho de Filosofia para uma turma ávida de sangue, incoerências, carne viva, más construções, ossos e frases boas para apontamentos + o respectivo professor (aquele que já fez umas centenas de conferências, sei lá quantas fora da ocidental praia lusitana) quando ISTO não vos sai da cabeça, on and on and on...





No momento em que me calei por dois segundos para mudar o acetato tive a certeza que era uma questão de minutos para a loucura, insanamente divertida e à beira das lágrimas por não me conseguir concentrar devidamente. "Heidegger, Heidegger, ..."

Abrirmos a boca para comentarmos "olha, tens um piercing no nariz, que giro" e depois percebermos que é só uma verruga muito grande e invulgarmente polida e brilhante.

E calarmo-nos a tempo.
Estamos muito orgulhosos.
Eu e aquela voz dentro da minha cabeça que me avisou a tempo.

Adoro a tua luz, a tua cor, o teu sinal
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro a tua voz, a tua escrita, a tua oral
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro o teu olhar, teu gaguejar, teu ar fatal
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro a tua grelha, a tua taxa, o teu jornal
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal Canal
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal Canal
Adoro o teu andar, teu ondular sinusoidal
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro os teus botões e etc e tal
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro assim ligar-te e desligar-te no final
Mas o que mais adoro em ti é o Tal Canal
Adoro em geral, tenho a impressão que faço mal
Mas posso lá passar sem ti e o Tal Canal
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal Canal
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal Canal
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal Canal
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal Canal
O TAL CANAL
O Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal, o Tal Canal
O Tal Canal
O Tal Canal





Não precisou de grandes funénés para fazer o melhor programa de sempre (i.e. uma coisa irritantemente simples fez o melhor programa de sempre).

É hora de vos contar uma história
Das que ficam na memória
Daquelas que já não há
De um bando que no meio do desmando
Vivia satirizando tudo o que se faz por cá
É gente que por ser imprevidente
Brinca de forma indecente
E muita falta de chá
Com coisas que são mais do que sagradas
E devem ser respeitadas que o humor é coisa má
Por isso acabaram isolados
Cruelmente ostracizados
Numa hora que é H
Há dias em que críticos e tias
Entre achaques e manias
Vomitam opinião
Com bocas tão vazias quanto ocas
Teses vagas, meias loucas
Que matam de coração
Mais fácil seria ser carpinteiro, advogado, biscateiro, serralheiro, consultor
Mas quem nasce com esta vocação
De transmitir emoção com irónico amor
Não pensa desistir da sua crença
Obstinada e intensa
De morrer pelo humor.




Ainda não perdeu a noção da realidade.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Jesus Cristo.
Porquê?




[Vá. Para ler este post, faz favor pôr este vídeo em funcionamento, para dar ambiente.]

Jesus Cristo voltou à terra.
Jesus Cristo quer reunir a crew.
Jesus Cristo escolhe Portugal.
Jesus Cristo vive no Cacém.
Jesus Cristo em vez de convocar a crew com meia dúzia de efeitos especiais, raios verdes e azuis e epifanias e visões e coisas do género, decide pôr um anúncio no jornal a pedi-los para contactar com urgência.
Jesus Cristo tem um número de telefone (fixo).
Jesus Cristo está em todo o lado.

Jesus Cristo tenta disfarçar-se no meio dos comuns mortais.
Escolhe o Cacém.
Dá pelo nome de João.
Disfarça o chamamento no jornal, como se tratasse de uma simples transacção, uma venda e compra de casa ou carro.
Mas Jesus Cristo é o Special One. Não há maneira de disfarçar.
Jesus distrai-se e em vez de "anúncio" deixa fugir "anunciação".

Jesus distrai-se e em vez de "transacção T2 Cacém" deixa fugir "transacção planetária".
Jesus Cristo é Jesus Cristo.
Mas admite que única maneira de se fazer anunciar é através de um jornal português.


Vão longe os velhos tempos dos bons milagres.
"Final dos Tempos" está entre aspas. Não sei bem o que isso quer dizer. Mas parece-me encorajador.
Jesus Cristo assina J.J. Citando Homer Simpsons "the J. stands for Jay".


Jesus Cristo precisa que a crew o contacte com urgência.
Façam-no.
Eu vou fazê-lo (com sorte ainda arranjo um lugar para "Cavaleiro do Apocalipse").

/Margarida levanta-se da cadeira, sobe para cima da mesa, levanta os braços, palma das mãos para cima, fecha os olhos e começa a cantar "JEEESUS CRISTO. JEEESUS CRISTO. JEESUS CRISTO EU ISTOU ÁQUI. JESUS CRISTO EU ISTOU ÁQUI." Cai o computador ao chão.

/Margarida começa a dançar, enquanto aparece um coro de duendes irlandeses com uma túnica branca e chapéus com trevos que batem palmas e continuam "jeeeesus cristo. jeeeesus cristo. jeeesus cristo eu istou áqui". Uma luz branca afoga a sala.
/"COMIGO! JEEEESUS CRISTO. JEEEESUS CRISTO. JEEEESUS CRISTO EU ISTOU ÁQUI"

O Jogo e a capa à la Record.


Só uns meses atrasado...

Uns meses atrasados, mas só descobri agora, por acaso, enquanto lia o DN no autocarro.
E obrigou-me a ler muitas vezes a mesma linha.
E a perguntar, muitas, muitas vezes, esmagada.


O MNE francês é Bernard Kouchner?
O MNE francês é O Bernard Kouchner?! O_O


E nós com o Capitão Iglo.
Me likes e me inveja brutalmente estes franceses...

Tão verdade... ^^

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Então e ninguém me avisa?

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Então não é que eu e o Eduardo somos estrelas de uma série animada para crianças na RTP2?
Chamada LITTLE People. LITTLE People.
Eu ressinto isto. Ressinto isto.

Sobrevivência 2008 #1

[para aquelas três pessoas que, como eu, estão confinadas a quatro canais]

A RTP2 repôs Little Britain.
Depois não digam que não avisei.
Domingo, às cinco para a meia noite.

Na Biblioteca da FLUL.

Fui das primeiras pessoas a chegar, lá batida às nove da manhã.
Subo enquanto encontrar escadas. Viro-me para o canto de literatura e dou com uma das funcionárias e o segurança a conversar muito alto (“ele está a olhar para cá” , diz ela ao segurança) junto à mesa para onde ia, nas janelinhas batidas ao Sol para o lado da Faculdade de Ciências.
Desisto e subo mais umas escadinhas para aqueles pisos e meio, entalados entre o tecto e o piso propriamente dito. Lá, continuo a ouvi-los e percebo o motivo de tanta agitação. Está um pombo dentro da Biblioteca, provavelmente entrou por alguma janela. Muito provavelmente.
De onde estou não o vejo, porque o tecto destes pisos e meio está uns metros abaixo do tecto do piso propriamente dito, mas ouço por duas ou três vezes o pombo passar ao meu lado, mais alto, no tal corredor batido ao Sol do piso, lá bem alto.
Ao fim de uns dez minutos desistem de o apanhar e durante uns minutos faz-se silêncio absoluto na biblioteca.
Subitamente…começo a ouvir lá ao fundo um arrulhar desesperado.
A aproximarem-se, umas asas a baterem muito depressa, mais depressa, o barulho é cada vez maior e mais próximo. O pombo desta vez vem muito baixo e está tão perto. Vou conseguir vê-lo, está prestes a passar mesmo ao meu lado.
Olho para o lado, para as traves de cimento pintado do tal corredor alto batido ao Sol, no meio da barulheira do pombo.
Ouço um baque surdo, um “crucru” dolorido e faz-se um silêncio sepulcral. E cai devagarinho uma pena preta a brilhar ao sol.
Chorei, sufocada com o riso e desesperada por ter sido a única pessoa a ter visto aquilo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Ainda do Natal


ADORO quando me oferecem meias. ^^ E não estou a ser irónica.

Estive até às onze (ou dez, sei lá) horas da noite de 31 de Dezembro na certeza que o melhor momento televisivo de 2007 ia ser a "actuação" do Rui Reininho na gala dos 50 anos da RTP.

Às onze e tal (ou dez), deu-se o, afinal, AINDA MELHOR momento televisivo de 1984 (data claramente escolhida ao acaso). Revejo e ainda choro. Aquela voltinha final mata-me.

Gato Fedorento retiram-se + Reposição dos Malucos do Riso = PÂNICO!

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Não gosto de palhaços.

Ponto e parágrafo.

Não é nada do outro mundo, não sou a primeira nem serei a última a tremer sempre que vejo um. Não é de sempre. Apesar de nunca ter rido como toda a gente quando via um, ria. Sempre achei que o afastar gradual dos palhaços fosse consequência da consciência que fui tendo do que era realmente ser palhaço. Por acaso, muito recentemente, descobri que o meu afastar dos palhaços coincide exactamente com a altura em que vi Limelight do Chaplin há quase dez anos, o que, bem vistas as coisas, confere uma grande dignidade a tudo isto. De qualquer das formas, afastei-me dos palhaços até ao ponto de não os suportar. Fazem rir por humilhação, dão literalmente o corpo ao manifesto, fazem rir de maneira parva quer estejam felizes, quer estejam tristes, quer estejam radiantes, quer estejam suicidas. Mais do que trágico, para mim, isto é sinistro.

Não gosto de palhaços.

Só há uma coisa que me repugna mais do que palhaços: o palhaço rico.

O palhaço rico é um estúpido. Um snob de roupas feias e brilhantes, um chapéu em biquinho pavoroso, com a cara pintada de branco, uma sinistra lágrima falsa pintada de preto e saltos altos como os monarcas absolutistas europeus do Barroco. Sapatos de pose, sapatos de trono, sapatos de quem não tem de fazer nenhum.

O palhaço rico é um idiota que trata os coitados dos palhaços pobres como o barrigudo industrial do séc. XIX trataria os operários. Pesquisem as ascendências desta palhaçada e aposto que vão lá parar.

O palhaço rico trata o palhaço pobre como nas famílias elite do Estado Novo os criados seriam tratados. Falam com autoridade e pertença: “onde é que está o teu irmão?”.

O palhaço pobre tem sempre um, dois, três irmãos. O palhaço rico é sempre filho único. Quando muito, um gémeo.

O palhaço rico trata os palhaços pobres como estúpidos e ignorantes (no que eles se tornam, admitamos, no momento em que o palhaço rico entra em cena).

O palhaço rico prepara tudo para o palhaço pobre fazer figura de urso, cair, virar-se contra o seu semelhante, encher-se de nódoas negras, beber veneno, apanhar uma pneumonia ou ficar a precisar de um grande banho. Se admitirmos que ele é mesmo pobre (e que não fosse) isto é um atentado contra dúzia e meia de direitos humanos. E nem vale a pena falar quando há um palhaço pobre criança em cena. Não vejo nada de divertido e educativo aqui. E nós (salvo seja) rimos.

O palhaço pobre é miserável, usa sapatos largos, roupas coçadas e grandes demais e tem sempre o cabelo descomposto. O palhaço pobre é inocente na ignorância e o filho da mãe do palhaço rico serve-se disso para se divertir a seu bel-prazer, criando perversamente as situações mais humilhantes, só para se rir um bocadinho. E nós (salvo seja) rimos das figuras que o palhaço pobre faz e aplaudimos (salvo seja) as construções retorcidas do palhaço rico.

O palhaço rico é a personificação dos palhaços que nós somos. E dos palhaços que queríamos ser, o que é ainda mais ridículo.

Como se não bastasse tudo isto o palhaço rico toca sempre clarinete ou saxofone. Toca sempre músicas de caixa de música, coisas dramáticas e/ou melancólicas, lágrimas de crocodilo para finalizar a actuação “ah, a vida é terrível e cruel, ah, o que nós fazemos para rir, ah, o que é rir, ah, vida miserável”. Não basta levar a casa abaixo com a humilhação demorada (e com requintes de malvadez, óbvio, ou não fazia rir), ainda tem de acabar criando uma sensação de mal-estar em toda a gente, culpando-os de terem rido.

Escrevam, anotem, registem o que vos digo. O palhaço rico é o diabo, é gente que não interessa a ninguém, é um alvo a abater, é um manipulador de que não precisamos.

Primeira produção do ano. Realmente. Acordei, liguei a TV, dei de caras com a repetição da festa da SIC no circo Cardinalli e logo os palhaços... Indignei-me. Deu nisso. Belo início de ano, hum?

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