segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

E é isto que vergonhosamente sou quando sou eu

Ao fim de quatro meses de condução, fiz hoje a minha primeira mossa.
Uma hora e meio litro de chá depois, ainda estou para aqui a tremer das perninhas com medo que não tenha sido assim tão irrelevante quanto todos me fazem crer. Sou eu, a ser realmente eu e a recusar-me a pensar.
Hoje não há a habitual leitura de textos para a faculdade, passar de apontamentos a limpo, organização de fotocópias, pesquisas ou preparação de trabalhos, não há escrita, ler revistas, ler jornais, não há tentativa de pintura, rabiscar, não há filmes, não há Shakespeare, Obama nem a biografia do Benjamin Franklim, não há parlapié entusiasmado no messenger sobre o Son of Ranbow, não há visionamento de documentários ou telejornais, nada de organizar a pilha de talões de multibanco que estão a abarrotar na carteira, nada de arrumar a roupa ou o quarto. Não há nada daquilo que é habitual, que me pareça minimamente útil e produtivo fazer às Segundas-feiras à noite.
Tenho uma caixa de After Eights, meias quentinhas e a quarta série inteira de Doctor Who.
Vou vidrar durante umas horas na poupa do David Tennant e ninguém me pode impedir.

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