quinta-feira, 2 de abril de 2009

Os efeitos nocivos da boina aos quadradinhos

Ontem, ia a caminho da paragem quando passo à frente de um velhote sentado num banco de jardim.
Seguia, na minha.

Até passar mesmo à frente do senhor e ele dizer bem alto, num tom dramático, teatral, quase profético [à la Manuel Alegre a recitar a Trova do Vento que Passa, à la Romeiro do Frei Luis de Sousa a atirar com um "Ninguém!" - duas coisas que, bem vistas as coisas, são uma e a mesma]:

"Quem espera, não desespera".


1) não tive coragem de olhar para trás para ver se estava lá mais alguém ou se era mesmo para mim

b) então quem espera... não é suposto desesperar? Ou alcançar?
iii) pelo menos, não foi tão assustador quanto o senhor na Alvaláxia e o acusador "eu sei o que tu fizeste! ASSASSINA!"

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