quinta-feira, 19 de março de 2009

Pérolas

Encontrei isto rabiscado à pressa num dos meus cadernos.
Algures do início de Novembro de 2007.

"A morte do rei D. Sebastião

Voz-off [grave]: Marrocos, ano de 1578 (Discurso épico sobre Portugal, enaltecendo as qualidades de D. Sebastião - jovem rei, esperança do povo, escolhido, blá, blá [ver livros Estado Novo]). Porque é que os nobres nunca contaram a verdade sobre (mais grave) a morte de D. Sebastião.

D. Sebastião, a cavalo, seguido e ladeado pelos nobres da corte, dirige-se à sua tenda, no acampamento, um dia antes da batalha de Álcacer-Quibir. A tenda maior e mais excêntrica, está fora da vista dos soldados, rodeada por um muro-tenda.


Todos, discutem a batalha muito gravemente.

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Entram no espaço da tenda [jardim, ladeando a tenda ao centro]. D. Sebastião desce do cavalo, pisa um ganso, o ganso grasna (boneco de borracha?), uma avestruz entra em pânico, corre na direcção de D. Sebastião. D. Sebastião entra também em pânico, guincha, abraça um pavão de néon e morre electrocutado [tudo isto estupidamente rápido].

Silêncio.


Um dos cavaleiros que seguia ao lado de D. Sebastião olha à sua volta:

Cavaleiro:
E agora? Como é que vamos explicar isto?"

O lógico seria olhar para isto com benevolência e ter um simpático 'já viste como eras, demente, dona Maggie?'. Mas não.

A cena continua a acontecer na minha cabeça, continua a fazer-me rir alarvemente.

[Encontrei também um de Janeiro do ano passado: "Martinho Lutero: o porquê do insurgimento". Fica para outro dia]

1 Comment:

  1. Unknown said...
    321

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